PROJETO
As indústrias farmacêutica e química têm-se debatido, ao longo dos últimos anos, com a dificuldade de criar novos compostos terapêuticos ou bioativos que possam ser utilizados pelos seus benefícios e de um modo seguro. As plantas, que foram inicialmente a grande fonte de compostos ativos, são hoje novamente encaradas como uma interessante forma de identificação e isolamento de novas moléculas ativas.
Por via do conhecimento do uso tradicional das plantas, é possível relacionar o seu efeito terapêutico com a ação farmacológica dos seus compostos ativos. O desenvolvimento de produtos cosméticos “green”, sem a adição de moléculas químicas sintéticas, foi-se consolidando ao longo dos últimos anos, tendo a indústria do sector identificado os extratos de plantas como alternativas naturais interessantes. No entanto, e embora seja globalmente empírico que os produtos naturais são “mais seguros”, sabe-se hoje que muitos destes produtos provocam reações alérgicas e de toxicidade (efeitos indesejáveis e não benéficos causados no organismo), sendo por isso fundamental caracterizar a eficácia e a segurança (indicação de aplicação em concentrações que não causam dano) dos extratos naturais, com vista à sustentação do desenvolvimento de produtos farmacêuticos inovadores, eficazes e seguros.