Uma investigação científica desenvolvida na Universidade da Beira Interior (UBI) sobre plantas aromáticas e medicinais já permitiu comprovar que a “esteva é um ingrediente excelente para o antienvelhecimento da pele”, diz Ana Palmeira, uma das responsáveis pelo projecto, à Lusa.
“A esteva tem um perfil muito interessante do ponto de vista da atividade antioxidante e, através desta investigação, já comprovámos que ela pode ser um excelente ingrediente para produtos de antienvelhecimento da pele. Além disso, tem uma muito boa atividade microbiana e pode ser um bom candidato num produto antiacne”, apontou Ana Palmeira, em declarações à Lusa.
Esta responsável falava à margem da sessão de apresentação dos resultados intermédios do projeto InovEP, que está a ser desenvolvido no âmbito de um consórcio que envolve a LabFit (empresa de investigação e desenvolvimento que é a entidade promotora do projeto), a Universidade da Beira Interior e o Instituto Politécnico de Castelo Branco.
A decorrer entre 2018 e 2021, o InovEP centra-se no estudo das propriedades de onze plantas aromáticas e medicinais que são produzidas em Portugal e em particular na região centro, sendo o grande objetivo produzir conhecimento e depois transmiti-lo para a sociedade, nomeadamente para produtores e indústria.
Um bilhete de identidade da planta
“Estamos a fazer um estudo que nos permitirá a caracterização de cada uma das plantas quer em termos de propriedades, quer de eventuais usos, quer ao nível da segurança na perspetiva do utilizador e do ambiente. Uma espécie de bilhete de identidade detalhado que depois será transmitido para que os produtores saibam em que plantas podem e devem produzir e para que a indústria saiba quais os extratos a que pode recorrer”, apontou.